sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Mulheres discriminadas no mercado salarial

Segundo relatório do Ministério do Trabalho, as diferenças acentuam-se em lugares de topo
Segundo o estudo-síntese sobre os trabalhadores em 2009, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os cargos, mas a diferença acentua-se à medida que se chega aos lugares de topo de carreira.
No relatório do Ministério do Trabalho pode ler-se que ”o maior afastamento das remunerações" continua a registar-se nos quadros superiores com uma diferença de 29,5%.
Uma mulher que trabalhe por conta de outrem num desses cargos de topo ganha à volta de 2000 euros mensais brutos; um homem com as mesmas funções recebe 800 euros a mais (cerca de 2838 euros no total).
O estudo acrescenta ainda que dos quase 2,9 milhões de trabalhadores por conta de outrem, o salário médio total bruto das mulheres ronda os 900 euros por mês, ao passo que os homens recebem quase 1140 euros.
Uma das explicações para esta situação é que a maior parte dos pouco ou nada qualificados são do sexo feminino, liderando ainda as mulheres a modalidade de trabalho em part-time: 70 por cento dos 165,4 mil trabalhadores.

Falar da (des)igualdade em Mortágua

A temática central é da igualdade entre homens e mulheres. Produzida no âmbito do Projeto Ser ou não Ser Igual II, dinamizado pelo Centro de Iniciativas Empresariais e Sociais, estreia esta noite (30), às 21H00, no Centro de Animação Cultural de Mortágua, a peça de teatro “Lembras-te Madalena?”. O texto é de João Maria André, encenador e dramaturgo ligado desde sempre à Cooperativa Bonifrates de Coimbra, e a encenação esteve a cargo de Sílvia Brito, atriz e encenadora, com carreira feita na companhia de teatro de Coimbra A Escola da Noite.
De acordo com uma nota da produção, a peça é uma criação coletiva, desenvolvida a partir de narrativas recolhidas pelo elenco, com a colaboração de João Maria André, Cândida Ferreira e Sílvia Brito. O elenco – de 23 pessoas – integra jovens estudantes, profissionais de diversas áreas, desempregados, reformados, homens e mulheres, amadores do teatro que aderiram ao projeto de “criar e levar à cena uma peça de teatro, que mostra a história do namoro, dos afetos e das relações entre homens e mulheres, visitando o passado e mostrando o presente”.
Para João Maria André, esta peça nasceu de um desafio: “mostrar em teatro o problema da (des)iguldade de género”. Num texto a acompanhar a peça, prossegue o autor, “Lembras-te, Madalena?” é um conto de afetos. Os afetos com que se faz a vida, na sua evolução, nos seus movimentos e contradições, nas suas hesitações e sobressaltos, nos seus risos e tristezas, nos seus espantos e rotinas. Um conto de afetos nas contas do amor. De uma família que tem muitos nomes, muitos membros, muitas histórias”.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Peça de Teatro: Lembras-te, Madalena?


“Lembras-te, Madalena?” é uma peça de teatro integralmente concebida e realizada no âmbito do Projecto “Ser ou Não Ser Igual? II".
É uma criação colectiva de um grupo de pessoas de Mortágua.
Este projecto é dinamizado pelo IEBA Centro de Iniciativas Empresariais e Sociais, durante os anos de 2009 e 2010, integrando um conjunto de actividades que visam sensibilizar a comunidade do concelho de Mortágua para a temática da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
Vai-se realizar um espectáculo a 26/12 (reservado convidados) e a estreia a 30/12 no Centro de Animação de Mortágua

50% das vítimas de agressão no namoro perdoam o agressor

Investigadora aponta, entre as várias razões para esta situação, a sobreposição do amor à violência

Estudo envidado pela Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) revela que metade das vítimas de agressão acabam por perdoar o agressor.
Suzana Lucas, a investigadora à frente do projecto, afirmou à agência Lusa que tal deve-se, em grande parte, ao facto de “o amor se sobrepor à própria violência”.

Outras das razões apontadas são a convicção de que “o outro vai mudar” o comportamento ou “o medo de represálias”, revelou a mesma, à margem de uma conferência sobre “violência no namoro”, promovida pela Associação Académica de Coimbra (AAC).

Durante este encontro foi referido também que nem sempre as vítimas são mulheres. Ou seja, tanto a mulher como o homem são vítimas de violência, apesar do tipo de agressão ser diferente: o agressor masculino pratica, na maior parte das situações, “violência física”, enquanto a mulher adopta mais a agressão “verbal e psicológica” e/ou “provoca ciúmes”, acrescenta a investigadora.
Este estudo incidiu apenas sobre 274 adolescentes vítimas de violência no relacionamento amoroso, mas Suzana Lucas está a desenvolver, no âmbito do seu doutoramento na FPCEUC, um estudo que envolve dois mil casos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Violência doméstica: Pulseira eletrónica já "vigiou" 25 agressores

Porto, 03 dez (Lusa) - A secretária de Estado para a Igualdade, Elza Pais, afirmou hoje que a pulseira eletrónica já foi aplicada a 25 suspeitos da prática de violência doméstica, 21 dos quais ainda a mantêm.
A governante falava aos jornalistas à margem
do colóquio de encerramento do projeto Rebeca, promovido no Porto pela Associação Portuguesa de Mulheres Juristas (APMJ), sobre as boas práticas judiciais no âmbito da violência doméstica.
Fonte: http://dn.sapo.pt/Inicio/interior.aspx?content_id=1726590