terça-feira, 18 de agosto de 2009

Parlamento São-Tomense terá no mínimo 30 % de mulheres deputadas

São Tomé - O Parlamento de São Tomé e Príncipe aprovou uma resolução que determina as mulheres têm uma quota mínima de trinta por cento dos assentos da Assembleia Nacional, a partir das eleições Legislativa de Março de 2010.

Mais de uma centena de mulheres de todos os partidos políticos de São Tomé e Príncipe tomaram o pequeno-almoço e almoçaram à porta do Parlamento com mais de duas dezenas de cartazes onde protestavam contra a maioria masculina no parlamento são-tomense, e lembraram que só existe uma deputada do MLSTP / PSD, partido no poder e ex primeira-ministra, Maria das Neves que lidera a Rede das Mulheres da CPLP. O mesmo grupo liderado pelas dirigentes da OMSTP / PSD (Organização das Mulheres de São Tomé e Príncipe), logo após a aprovação da lei que impõe uma quota mina de 30 por cento de mulheres na Assembleia manifestaram a alegria com gritos, dançando e fizeram «fotos de família» com o slogan «mulheres unidas a luta continua até legislativas de Março de 2010».
Para a presidente da Rede das Mulheres a fraca presença feminina na Assembleia Nacional legislatura «constituía uma situação deveras preocupante», e defendeu a igualdade de direitos e de oportunidades para todas as mulheres na participação na vida politica e cívica do país. «É preciso acreditar e ter fé na primeira Comissão da Assembleia e no apoio de todos os partidos São-tomenses. Já conseguimos a quota de trinta por cento que dá 17 deputadas nos 55 assentos Parlamentar e agora as mulheres do meu país têm de assumir agora e já as suas responsabilidades eleitorais, dizendo sim, eu sou candidata dentro do seu Partido e a Rede está aqui para apoiar», afirmou a deputada Maria das Neves.

A Ministra da Defesa Nacional, Elsa Pinto, que acompanhou a votação na bancada governamental não conseguiu ficar indiferente abandonando imediatamente a sala para se juntar ao grupo das manifestantes, em declarações à PNN afirmou que «foi um motivo de satisfação porque foi uma trajectória longa e grande passo, hoje parte desta luta está concluída com o reconhecimento especial dos homens que nos acompanharam e lutaram pela esta causa justa porque consideráramos que no São Tomé e Príncipe desenvolvido é preciso ter lado a lado homens e mulheres unidos e não pode haver uma desequilibro para uma sociedade justa e igualitária».

Esta é a segunda conquista «Parlamentar da Mulher São-tomense» que é aprovada pelos deputados. A primeira foi a aprovação da lei contra a violência doméstica em São Tomé e Príncipe que contou com apoio da quinta Comissão da Assembleia Nacional, chefiada também pela deputada Maria das Neves.
IM Fonte:www.jornaldigital.com

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