quinta-feira, 15 de abril de 2010

Violência em casa aumenta

As autoridades registaram 83 queixas de violência doméstica por dia em 2009, o que corresponde a um total anual de 30 543, mais 10,1 % que em 2008.
Os números são do relatório ‘Violência Doméstica 2009’, ontem apresentado pela Direcção-Geral da Administração Interna, na presença da secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, e do secretário de Estado da Administração Interna, Conde Rodrigues.
Em 2007, registaram-se 43 mortes resultantes deste tipo de crime, mais três que em 2008. Relativamente ao ano passado, só estão contabilizadas 16 vítimas mortais (ocorrências da PSP e GNR), uma vez que faltam os dados da PJ, pelo que o número deverá disparar.
Lisboa (7522), Porto (6562) e Setúbal (2400) continuam a ser os distritos com mais ocorrências, com destaque para este último, que registou uma subida de 32,7%. No oposto estão Guarda (260), Beja (275) e Bragança (283).
Quanto às características de vítimas e agressores, as mulheres (85%) continuam a ser o grande alvo deste crime, têm uma média de 39 anos, estando mais de metade delas casadas ou a viver em união de facto com o próprio agressor, que, por seu lado, continua a estar associado a cenários de alcoolismo (46%) e consumo de drogas (11%), tendo 45% das agressões sido presenciadas por menores. Junho e Agosto foram os meses com mais ocorrências, e o maior número de queixas é apresentado ao domingo e segunda-feira. Em 51% dos casos, há reincidência. Segundo a Direcção-Geral de Reinserção Social, há 18 agressores a frequentar um programa de reconversão comportamental.
SÓ SETE AGRESSORES COM PULSEIRA
Apenas sete agressores em casos de violência doméstica estão a usar as novas pulseiras electrónicas. No caso dos crimes de agressão, as pulseiras são diferentes das restantes: o agressor usa uma pulseira e a vítima tem um pager. Quando se aproximam, a vítima recebe uma informação no pager, ao mesmo tempo que à central de controlo da Direcção-Geral de Reinserção Social chega um sinal sonoro. No entanto, é preciso telefonar para pedir auxílio.

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