segunda-feira, 5 de novembro de 2012

OesteCIM compromete-se a promover igualdade de género




Potenciar a igualdade entre géneros através de acções de sensibilização, efectivar uma representação equilibrada dos dois sexos na designação para cargos autárquicos e garantir às mulheres condições de acesso às acções co-financiadas pelos fundos estruturais são algumas das iniciativas que os municípios dos Oeste se propõem a concretizar no âmbito do Plano Municipal para a Igualdade.
O protocolo de cooperação que visa promover a igualdade de oportunidades nas políticas municipais foi assinado no passado dia 25 de Outubro entre OesteCIM e a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG). Esta cerimónia, que decorreu na sede da OesteCIM, nas Caldas da Rainha, foi um “momento singular” nas palavras da presidente da CIG, Fátima Duarte, pois foi a única vez que houve uma assinatura conjunta de 13 entidades, sendo que uma delas é uma comunidade intermunicipal, o que leva a “uma potenciação dos resultados”.
“Se todos os representantes das autarquias se reuniram num acto para celebrarem o mesmo tipo de protocolo é evidente que já há uma sinergia conjunta e uma comunhão de interesses nesta área que pronuncia tudo de bom”, considera a responsável, que também coloca maiores expectativas nestas autarquias.
Com esta adesão oestina sobe para perto de uma centena o número de protocolos assinados com câmaras do país. Destas, apenas cerca de 20 já avançaram com a implementação dos planos municipais, mas a CIG está confiante que esse número suba para cerca de 70 até ao início de 2013. De acordo com Fátima Duarte estes dados demonstram que Portugal ainda “não chegou ao nível desejável” no que se refere à igualdade de oportunidades para homens e mulheres, registando-se “desequilíbrios de poder” especialmente ao nível dos domínios da tomada de decisão.
“Aqui há qualquer coisa que ainda não funciona, há resistências ocultas”, disse a responsável, que considera que é preciso questionar quais são as metodologias mais adequadas para tentar resolver essas diferenças. Ainda assim, Fátima Duarte reconhece que tem havido uma evolução natural da diminuição das desigualdades, tanto por imposição legislativa (lei da paridade), como pelas recomendações do Conselho de Ministros, para que as empresas adoptem planos para a igualdade e respeitem a paridade nas nomeações para os conselhos de administração.
A OesteCIM foi distinguida com uma menção honrosa no prémio Viver em Igualdade, pelas práticas que tem implementado nestas áreas e que, segundo Fátima Duarte, é uma “boa rampa de lançamento” para um protocolo com vista a um plano municipal para a igualdade.
O presidente da OesteCIM, Carlos Lourenço, explicou que este troféu é o resultado do trabalho feito ao nível da igualdade do género, de cidadania e não discriminação promovidas por todos os municípios da região Oeste.
O também presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos disse ser contra cotas para mulheres na política. “Devemos ter igualdade mas não devemos ter imposições”, defendeu.
Para Carlos Lourenço o trabalho deve ser feito ao nível da repartição das tarefas, permitindo às mulheres terem condições para se candidatar por exemplo à autarquia, caso o queiram. “Não é pela competência que as mulheres não estão na política, é sobretudo pela disponibilidade familiar que não lhes permite libertar-se para outras coisas”, concluiu.

Fonte:http://www.gazetacaldas.com/26703/oestecim-compromete-se-a-promover-igualdade-de-genero/

Fátima Ferreira fferreira@gazetacaldas.com

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