terça-feira, 10 de novembro de 2009

Relatório da OMS evidencia falhas na protecção às mulheres

No lançamento de um relatório sobre este tema, o Director-Geral da OMS, Margaret Chan, apelou a uma acção urgente tanto no sector da saúde como fora dele, a fim de melhorar a saúde e a vida das mulheres, desde a nascença até à velhice.
Apesar dos progressos que se fizeram nas últimas décadas, as sociedades continuam a abandonar as mulheres em momentos decisivos das suas vidas, considera a OMS no relatório com o título ‘As mulheres e a Saúde: a realidade de hoje e o programa de amanhã’.
As mulheres asseguram a maior parte dos cuidados de saúde, mas raramente recebem os cuidados específicos que elas necessitam, seja em casa, no seio da comunidade onde vivem ou mesmo dentro dos sistemas de saúde, constata o relatório da Organização Mundial de Saúde.
Quase 80 por cento de todos os cuidados de saúde e até 90 por cento dos cuidados em afecções como o HIV/sida são prestados por mulheres.
No entanto, a maior parte das vezes elas não são ajudadas, nem reconhecidas e nem remuneradas por este papel essencial, refere o relatório da OMS.
Além disso, na resposta às necessidades específicas das mulheres, algumas, como os cuidados pré-natais, são atendidas, mas outras, como a saúde mental, a violência sexual ou a despistagem de cancro do colo do útero, são ignoradas.
O relatório mostra também que as mulheres têm uma esperança de vida mais longa, mas não necessariamente com boa saúde e desafia a sociedade a antecipar mudanças na organização do trabalho, da família e do apoio social, também tendo em conta essa maior esperança de vida.
Na fase entre os 15 e os 45 anos são o HIV/Sida, doenças ligadas à gravidez e à tuberculose que mais mortes de mulheres causam a nível mundial, mas após os 45 anos as principais causas são doenças não transmissíveis, que causam a morte mas também múltiplas incapacidades.
Fonte: Lusa / SOL

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